19 de março de 2018

O PROBLEMA QUE OFUSCA A CRIMINALIDADE EM FLORIANO

Floriano, uma cidade ordeira e intitulada Princesa do Sul já não é mais a mesma de dez anos atrás. Neste espaço de tempo, sua área habitada sofreu consideradas modificações geográficas, surgindo vários conjuntos habitacionais tais como: Zoonoses, Brogodó, Zé Pereira, Filadelfo e Caiçara, bem como a expansão com construções que avançam nas encostas dos morros desses referidos bairros. Sua população vive dias de agitação em ter seus direitos e garantias constitucionais lesados pela falta ou omissão do Estado no inoperante serviço prestado, como também, a inércia da Justiça com uma ineficiente aplicação da lei, os quais geram a impunidade e alimentam o aumento da criminalidade.
               Sua população flutuante desafia o entendimento dos desconhecidos visitantes ao compararem os números com a realidade vivenciada nos horários de picos, a citar o compreendido entre as 18:00h e 22:00h. Neste período compreende-se o fechamento do comércio local e o término das aulas noturnas respectivamente. Curiosamente, porém não por acaso, é neste horário a maior incidência na prática dos delitos criminosos na cidade.
               A mídia local explora o tema diariamente, dando ênfase aos ocorridos e informando que na maioria das vezes, tais delitos são praticados por jovens da periferia que se utilizam frequentemente de uma formação em dupla portando arma de fogo, que de forma articulada escolhem suas vítimas. A dupla normalmente realiza uma sequência de dois ou mais assaltos com sucesso e toma rumo ignorado, ficando suas vítimas depositando nas Policias locais, a esperança de terem seus pertences recuperados e os acusados presos.
               O Estado, mostra-se nas Polícias seu empenho no combate à criminalidade, porém, nós sabemos que as ações dessas instituições se limitam aos meios necessários para o bom andamento das ocorrências, e visivelmente observamos a falta de pessoal, viaturas com vida útil ultrapassada e falta de equipamentos. Reconhecemos o empenho valoroso dos homens e mulheres que compõem essas Instituições, pois diuturnamente apresentam à sociedade o resultado positivo de suas atuações. Muitos dos delinquentes são presos ou apreendidos, boa parte deles com vários procedimentos enviados à justiça, porém, o problema se agrava na medida em que eles são imediatamente devolvidos às ruas e passam a reincidir em faltas de mesma natureza, e se não voltam, outros surgem em substituição. 
               Diante dessa problemática, ainda surgem perguntas a serem indagadas? Para onde vão os objetos levados das vítimas que não são recuperados? De quem são as armas utilizadas por eles na prática dos delitos?  Por que os infratores voltam a cometer reincidentemente os delitos? 
               Alguns fatos relevantes floram a pele, a saber, esses jovens delinquentes se gabam de serem criminosos, basta acessar suas páginas, que logo se ver fotos e vídeos deles ostentando com arma de fogo, e mais, muitos outros ingênuos teclando com eles em êxtase. Vejam que eles não parecem entender o que estão fazendo ou o que vai acontecer a eles amanhã.
               Apesar das críticas e do reconhecido esforço dos órgãos envolvidos nesta problemática, a Criminalidade não deve ser encarada tão somente com esses argumentos antes citados, cabe à sociedade de modo em geral saber empregar essas informações de maneira adequada, ajustando-as e acrescentando algo inovador e impactante como: manifestações e cobranças formais no enfrentamento do problema, para que consiga diminuir tais índices alarmantes em nossa Cidade.

Autor: Lusinaldo Duarte Porto

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