26 de março de 2018

Seu discurso de ódio não é opinião

“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”. A frase de Pablo Neruda pode ser associada a um problema pouco abordado, mas que permanece vivo em nossa sociedade, principalmente com o avanço das mídias sociais. A liberdade de expressão é um direito fundamental não absoluto, o que significa que você é livre para falar o que pensa de forma moderada, o que gera muitas vezes discurso de ódio de forma proposital ou ignorante. As redes sociais são planejadas para a interação social, compartilhar momentos, opiniões sobre determinados assuntos e mostrar quem somos de forma verdadeira, pois o meio social e cultural em que vivemos nos impõem conduta limitada , diferentemente das redes, onde as pessoas sentem-se libertas para manifestar ânimo precipitado em relação a sua autonomia quanto ao seu direito de se expressar, violando e ferindo o direito do outro, o que dá início ao incitamento ao ódio que pode afetar individualmente ou um grupo de cidadãos. Constantemente vemos comentários preconceituosos e intolerantes, vindo muitas vezes de pessoas que desconhecem o limite simples entre sua liberdade de pensamento e o ato criminoso. A grande maioria dos internautas não pensam antes de publicar determinados conteúdos na web, o que pode suscitar uma série de problemas, pois além de continuarem de forma constante, espalham-se rapidamente ao redor do mundo em apenas um simples click. Dado o exposto é possível compreender que a medida com que o mundo avança devemos ter mais cuidado com nossas palavras e a forma como nos comportamos, é preciso que cada um tenha a devida consciência de tratar o outro com ética, e as próprias redes sociais informarem e orientarem seus usuários de acordo com a lei, estabelecendo limites e fazendo varreduras cada vez mais intensas e detectando notas pejorativas, evitando assim constrangimentos aos seus usuários.

 Autora: Rafaella Lopes de Sousa

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